Quem não teve dengue, chikungunya ou zika provavelmente conhece algum familiar ou amigo que tenha sido picado pelo Aedes aegypti.
Recentemente a imprensa tem noticiado o aumento dos casos e reforçado para a população não deixar água acumulada evitando entulhos e lixo.
Só no Espírito Santo foram mais de 79 mil casos de dengue em 2019 e 43 mortes, bem superior aos 16 mil de 2018. Também foram registrados 1.201 casos de infecção pelo zika vírus e mais de 500 casos de chikungunya. Em todo o país, os números da Dengue alcançaram mais de 1,5 milhão, com 754 óbitos.
No entanto, pouco se diz que um dos motivos para esse aumento é a falha do governo federal, responsável pela compra e distribuição do Malathion, inseticida utilizado contra o Aedes aegypti adulto nos carros de fumacê. O produto está em falta no país desde abril de 2019, sem ser repassado para os estados e municípios. O Ministério da Saúde justifica falha no lote.
Porém, passados mais de oito meses, vários estados continuam desabastecidos e o governo não conseguiu repor e nem mesmo providenciar um outro produto. Procurada, a Secretaria de Saúde do ES (Sesa) confirmou que “ainda não foi normalizada a distribuição do inseticida Malthion pelo Ministério da Saúde”.
Segundo informações divulgadas à imprensa, a estimativa é que somente em fevereiro de 2020 seja normalizada a entrega de inseticida aos Estados.
Saúde na UTI
Problemas de distribuição tem sido constantes junto ao Ministério da Saúde. No início de 2019, pacientes com leucemia ficaram durante meses sem o Mesilato de Imatinibe; recentemente crianças foram atingidas devida à falta da vacina Pentavalente. Até mesmo os PET’s não receberam as doses da vacina antirrábica em 2019, ficando pela primeira vez durante anos sem o país realizar a campanha de vacinação contra a raiva.
A justificativa são sempre de problemas externos. É urgente que a Justiça exija um plano de contingência do governo federal para evitar que casos se repitam. A situação indica uma falta de planejamento do Ministério da Saúde que não se antecipa a possíveis problemas.
Prevenção
Manter uma rotina de limpeza semanal nos possíveis locais de reprodução do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya é importante no processo de eliminação do Aedes aegypti. Para auxiliar nesse processo, utilize a lista elaborada pela Secretaria de Sáude (Sesa) imprima o checklist e deixe pregado em um local visível em casa. Marque a data em que irá realizar as tarefas como limpeza da calha, vasos de plantas, caixas d’água, entre outros. Quinze minutos por semana é suficiente para realizar os cuidados.
Confira o boletim epidemiológico de 2019 e o primeiro de 2020:
Com informações de A Gazeta-ES; G1; Estadão; Sesa-ES